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Sou português, filho de pais incógnitos. Nasci em Lisboa, percorri Portugal e pela mão de Amália Rodrigues, corri mundo. Estou em toda a parte em que haja um português. Sou um capítulo de cultura portuguesa e a expressão máxima de Portugal. O Menor foi meu pai e minha mãe, o Mouraria é meu amante e casei-me com o Corrido. Tenho muitas namoradas, as Meninas Músicas filhas de distintos pais, os Meninos Poemas também namoram com elas, amo os Poetas ♥ ! Para fazer pirraça sou dedilhado numa guitarra, por vezes choro outras rio ... A D. Viola dá-me a marcação. Muito se diz sobre mim e eu continuo a ser mistério, sou amante, namorado, sou casado e sou galdério, sou leviano, atordoado mas também sei ser sério. Gosto da luz da candeia e do cintilar das velas, mas também gosto dos holofotes e do palco, sou vaidoso, sou boémio, sou artista, sou sofredor, sou alegre, sou verdade, sou português e por isso sou fadista! Gosto que me cantem bem, que me digam bem e que não me troquem as palavras... Posto isto, sou a canção mais bela do mundo ♥ !

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Origem de Mário Raínho

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domingo, novembro 27, 2011

O Fado e a pintura de José Malhoa



Será que alguma vez teve a curiosidade de visitar o museu da cidade de Lisboa?
 
De certeza que já teve oportunidade de saborear este belo quadro "O FADO". José Vital Branco Malhoa, pintor famoso, nasceu nas Caldas da Rainha em 1855, e faleceu em 1933, em Figueiró dos Vinhos. Veio para Lisboa aprender o ofício de entalhador, mas era seu fado mudar a sua arte para a pintura. Frequentou a Academia de Belas Artes de Lisboa e foi um atento observador da Mouraria, zona que o inspirou para a criação do seu célebre quadro "O Fado".

 José Malhoa

Algumas curiosidades sobre o quadro de Malhoa.
Na época, os pintores contratavam modelos vivos para melhor poder expressar a sua arte, foi na Rua do Capelão que Malhoa contratou o Ambrósio Guitarrista e a Adelaide da Facada (tinha na face esquerda uma grande cicatriz e talvez por esse facto ela a encubra com a mão, virando a cara ao pintor).
O Ambrósio Guitarrista fez a vida negra a Malhoa. Por ser desordeiro passava mais tempo no calaboiço do que em liberdade, facto este que fez atrasar, em muito, a conclusão do óleo.
Recriando no seu atelier (Casa António Anastácio) um cenário natural, esta obra foi finalizada no ano de 1910.
Nem sempre o quadro de Malhoa foi conhecido por "O Fado". Em 1912 esteve exposto em Paris com o nome "Sous le Charme", em Buenos Aires "Será Verdade" e em Liverpool "The Natice Song".
Em 1917 foi adquirido pela Câmara Municipal de Lisboa pelo valor de quatro mil escudos.

Malhoa quis homenagear e dar dignidade ao FADO
. No entanto numa entrevista dada a um jornal nega esta afirmação. Possivelmente, este facto deve-se à polémica gerada à volta da aquisição do quadro pela Câmara Municipal de Lisboa. Foram muitos aqueles que se insurgiram em relação a esta aquisição alegando existirem pintores mais consagrados internacionalmente.

O "Fado" de Malhoa retratava uma cantadeira acompanhada por um tocador que ostentava com um certo sentimento a sua banza (Guitarra Portuguesa). Muitos foram aqueles que confundiram este quadro com a figura de Severa acompanhada, possivelmente, pelo Sousa do Casacão. As chinelas são idênticas, a cabeleira é farta a saia tem rodapé. No quadro não faltam ainda pequenos pormenores como a imagem de Cristo na parede onde as mágoas eram afogadas no fundo de uma garrafa de vinho.

Fonte

Bem mais tarde, José Galhardo escreveu o "FADO MALHOA" que Frederico Valério musicou e Amália Rodrigues imortalizou, cantado-o como só ela sabia !

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