Quem sou eu

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Sou português, filho de pais incógnitos. Nasci em Lisboa, percorri Portugal e pela mão de Amália Rodrigues, corri mundo. Estou em toda a parte em que haja um português. Sou um capítulo de cultura portuguesa e a expressão máxima de Portugal. O Menor foi meu pai e minha mãe, o Mouraria é meu amante e casei-me com o Corrido. Tenho muitas namoradas, as Meninas Músicas filhas de distintos pais, os Meninos Poemas também namoram com elas, amo os Poetas ♥ ! Para fazer pirraça sou dedilhado numa guitarra, por vezes choro outras rio ... A D. Viola dá-me a marcação. Muito se diz sobre mim e eu continuo a ser mistério, sou amante, namorado, sou casado e sou galdério, sou leviano, atordoado mas também sei ser sério. Gosto da luz da candeia e do cintilar das velas, mas também gosto dos holofotes e do palco, sou vaidoso, sou boémio, sou artista, sou sofredor, sou alegre, sou verdade, sou português e por isso sou fadista! Gosto que me cantem bem, que me digam bem e que não me troquem as palavras... Posto isto, sou a canção mais bela do mundo ♥ !

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Origem de Mário Raínho

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♥ Fados e temas de Amália Rodrigues ♥

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segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Lista incompleta


O poema de Carlos Fragata diz tudo, só quero acrescentar um grande obrigado ao poeta meu amigo ♥






domingo, fevereiro 14, 2016

Em memória de Raimundo Seixas


Faleceu Raimundo Seixas. Exímio guitarrista, foi também professor de guitarra. A sua morte foi súbita e grande foi o seu talento.

Que se acenda mais uma estrelinha no Céu dos Fadistas ♥

Almeirim, 3 de Julho de 1948 / Carvoeiro, 13 de Fevereiro de 2016


sábado, fevereiro 13, 2016

Não invente Histórias sobre o Fado

Navegando pelo Facebook, dei com este texto de José Lúcio Ribeiro de Almeida, publicado pela minha amiga e colega Helena de Castro. Claro que aprendi mais umas coisas, pois se o autor diz que ainda diz que continua a aprender (cf. o meu artigo "Aprenda a ouvir Fado"), quem sou eu ? Faça como eu, leia e aprenda ... Por Amor ao Fado !



Passo a citar José Lúcio Ribeiro de Almeida :


Não invente Histórias sobre o Fado
Se gosta de Fado é importante que não o maltrate. Se gosta de Fado é importante que leia vários livros sobre Fado para que depois possa formular a sua opinião, baseada em factos minimamente racionais. É que cada vez mais encontro "especialistas na matéria a mandar palpites sobre o assunto e não vejo ninguém com a coragem de lhes perguntar: onde é que foi buscar essa afirmação.

Se não gosta de ler muitos livros aconselho o livro de Eduardo Sucena, Lisboa, o Fado e os Fadista, que se lê muitíssimo bem e pode muito bem acontecer que fique desperto para o assunto. Claro que para o amante de Fado o livro " A triste Canção do Sul", publicações D. Quixote, de Alberto Pimental é fundamental. Porque ao ler este livro vai entender as grandes asneiras que se dizem sobre o Fado por pessoa importantes, que deviam ter uma grande responsabilidade sobre o assunto. Dar algo ao Fado é uma coisa, viver do Fado é outra. Cantar o Fado é uma coisa, investigar sobre o Fado é outra.

As origens do Fado
Quando se fala na origem de uma música, a primeira coisa que o investigador deve ter em conta é o estudo histórico e geográfico do assunto. Antes de nascer o Fado primeiro teve de nascer a pessoa que o criou ou cantou.
As afirmações que não deve fazer. Ou se quiser faça, mas prove que tem razão.
O Fado é a Canção Nacional - (mentira)
O Fado é uma canção urbana de Lisboa, que foi bem aceite pelos portugueses e passou a ser cantada em todo o território nacional.
O Fado tem origem Árabe - (mentira)
No sul de Portugal onde a cultura e tradições árabes se mantiveram por mais tempo, não há na sua literatura, qualquer referência a este tipo de canção. Também não se esqueça de que o tipo de escalas utilizadas nas músicas árabes nada têm a ver com as utilizadas no Fado.
Na batalha de Alcacér-Quibir não existiram Guitarras.
As crónicas da batalha de Alcacer-Quibir (norte de África), foram feitas por um monge francês Caveral e escritas em Francês. Alguém traduziu a palavra "Guiterne" para Guitarra. A "Guiterne" é um instrumento parecido com as nossas Viola de Arame. A Guitarra Portuguesa, ainda não existia.
O Fado é uma Canção de Marinheiros - (mentira)
O Fado é uma canção Lisboeta. Portugal te 700 km de costa e com tal muitos marinheiros. A escola de marinheiros era em Sagres.

Quando falar de Fado não se esqueça de dizer de que tipo de Fado está a falar:
Fado - Fado
Fado Canção
Fado Revisteiro
Fado Tauromáquico
Fado Brejeiro
Fado a Atirar
Fado Político

Olarilolé... o Fado foi utilizado como arma política pelos republicanos contra a monarquia.


Tipos de Fados
Fado-Fado
Canção do ambiente tradicional Fadista, onde se incluem os Fados tradicionais. Para a mesma música existem vários poemas. Por exemplo, o fadista ou a cantadeira diz à “parelha” (Conjunto de Guitarra e Viola), vou cantar o poema “tal” no Fado Alberto em Mi. A Parelha faz a introdução e o fadista ou cantadeira utilize o suporte musical do Fado em questão para cantar um poema que não corresponde ao poema original desse Fado
Fado Canção
Fado musicado com letra própria. A música e o poema são sempre os mesmos. O que não quer dizer que não tenha acontecido alguém fazer uma letra diferente, Mas por hábito não acontece.
Fado Revisteiro

Fado incluído numa revista, com refrão repetitivo que tinha por função cativar os espectadores, associando a melodia ou refrão a Revista em si tentando angariar mais público. Normalmente era um fado polémico e servia de crítica social actualizada, tendo por finalidade, criticar alguém importante fugindo às malhas da censura e da "PIDE". Como exemplo o Fado da Bomba da Revista Pé de Dança (1931). Tem a ver com a mudança sucessiva de governos e com a instabilidade do país.
Fado Tauromáquico
Relata, em jeito de história, ambientes ou acontecimentos vividos nas Praças de touros durante as corridas, ou histórias com Cavalos ou touros. Exemplo “ A última tourada em Salvaterra ou o conhecido “Cavalo Russo”.
Fado Brejeiro
Fado que tinha como função contar determinadas histórias em versos, normalmente quadras. Não utilizava palavrões mas sim, frases que davam a entender a situação. O Fadista Joaquim Cordeiro foi, na época um dos principais. Eram utilizadas as chamadas quadras de pé quebrado. Rimava, mas fugia ao palavrão.
Fado a Atirar

Quando o Fadista (homem) ou Cantadeira (mulher) não era pago ou não pertencia ao elenco da casa de Fado e precisava de dinheiro, improvisava uma letra, com um suporte musical conhecido, para que os clientes lhe “ATIRASSEM) dinheiro.

 Se não concorda ou encontrou gralhas na escrita ou frases mal construídas, diga da sua justiça.
jose-lucio@netcabo.pt
José Lúcio Ribeiro de Almeida


 Bem haja, José Lúcio Ribeiro de Almeida.
Obrigada, Helena de Castro